
Hoje eu entendo e tenho um discernimento
maior sobre este assunto, e quando os pastores da época proibiam o uso da
televisão, taxando como pecado, lá no fundo havia um grande medo e temor de
algumas coisas entrarem nas casas e serem nocivas à fé e a saúde espiritual da
Igreja. Talvez tenha faltado discernimento na proibição e posteriormente na
liberação sem nenhuma informação pois a educação é muito mais proveitosa e valiosa
do que regras e normas e proibições que passam a despertar o interesse e
curiosidade das pessoas, afinal, o dito popular que diz: “...tudo que é proibido
é mais gostoso...” parece se encaixar muito bem neste contexto. O fato é que a
mais de três décadas a televisão vem sendo mais comum nas famílias e mais e
mais recebemos a influência direta dos seus programas e ensinos subliminares. No
livro que escrevi, Caminhos da Adoração (www.eduardo.bergsten.com.br) eu
apresento este assunto no contexto de que o uso indiscriminado é nocivo à
comunhão e por consequência a intimidade de um adorador com o Pai.
A maior dificuldade de se entender sobre
a utilização da televisão, está justamente no entendimento do “livre-arbítrio” que
alguns defendem ter. Não temos este “livre-arbítrio”, nem no Éden o homem possuía
livre-arbítrio, Deus não disse que o homem poderia escolher comer ou não comer,
Deus disse “Não Coma!” : “E ordenou o
SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em
que dela comeres, certamente morrerás. ..” (Genesis 2:16). O homem não
tinha escolha, a ordem foi clara e as consequências para a desobediência era a
morte. Isso é livre arbítrio? Não. Com a consciência do bem e do mal, o homem
caído, tem condições de optar por seguir o caminho da vida ou o caminho da
morte, ou seja, nossos olhos estão abertos para poder discernir toda a maldade
das coisas que estão acontecendo. Se isso é “livre-arbítrio” então a única
coisa que podemos escolher hoje é entre a vida ou a morte, a benção ou a
maldição. O que nos torna muito mais vulneráveis a escolhas erradas é o fato de
que o mundo atrai e fascinam as coisas da carne que são contrárias as coisas
espirituais.
“Para que a justiça da lei se cumprisse
em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se
para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do
Espírito. Porque a inclinação da carne é
morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus. Vós, porém, não estais
na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Porque, se viverdes segundo a carne,
morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito
de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de
adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. (Romanos 8: 4-8, 13-15)
No
Antigo Testamento, Deus sempre exortava o seu povo a não se contaminar com os
costumes dos deuses e dos povos que não temia a Ele. Nem participar do culto a
estes deuses. Ao ligar uma televisão e assistir a uma cena onde tem alguém se
consultando com uma vidente, indiretamente a pessoa que assiste também está
participando deste culto e comungando com estes deuses.
Pode
parecer que esteja “espiritualizando” um assunto tão comum e normal, mas não
estou. Da mesma forma que a televisão pode servir para levar informação,
entretenimento como: esportes, programas educativos, documentário e ainda à
palavra de Deus com programas cristãos, o fato é que o resto é resto mesmo, não
se tem absolutamente nada de proveitoso e edificante em centenas e milhares de
filmes, novelas, reality show, desenhos, Podem ater ser legais, bonitinhos e
relatar a realidade, mas não edificam em nada. As exceções confirmam a regra em
todos os casos.
Desligar
um botão não é tão fácil como parece, a prova é que não fazemos isso. Muitas
vezes , mesmo sabendo que deveríamos desligar, mantemos a TV ligada, com isso nossos filtros de censura estão
ficando cada vez mais rotos e a cada dia mais conteúdos contaminados estão
sendo digerido por nós. Para você ver que a televisão é a grande responsável
por alguns males na Igreja, basta você lembrar como se tratava o divórcio anos atrás.
Com a vulgarização e disseminação na televisão, por novelas e filmes, hoje é
quase que “normal” e aceitável o divórcio também na Igreja. Talvez você diga: “na minha igreja não é
assim...” mas o fato é que esta realidade é outra em nossos dias e se em alguma
igreja não é assim, a quantidade de novos ministérios que surgem a cada dia dá
opções variadas para alguém sair e assim como que mudando de canal, mudar de
igreja.
Ligar
a televisão é a mesma coisa que você abrir a porta de sua casa e permitir que
as pessoas entrem, sejam quem quiser ser e ensinem o que quiser ensinar. Neste
caso o mundo espiritual não faz distinção se a visita é de carne e osso ou se é
uma imagem, o que importa é o que está sendo ensinado. O que temos nas novelas
hoje? Feitiçaria, espiritismo, idolatria, mentiras, violência, homossexualismo,
traição, adultério entre tantas outras coisas totalmente condenáveis de Apocalipse
22:15 e das conhecidas obras da carne de Gálatas 5:19. Tudo isso encontramos em
dezenas de programas de TV, e se Deus não vai admitir estas coisas no céu, por
que eu admitiria dentro da minha casa?
A
bíblia fala "Examinai tudo. Retende
o bem." (I Tessalonicenses 5 : 21),
eu não preciso assistir uma novela toda ou um filme para saber que ele não
presta, basta algumas cenas e logo minha consciência está pronta a “examinar”e
saber se aquele conteúdo será bom ou não para mim. Muitas pessoas assistem tudo
de tudo e dizem, “... eu assisti, mas só estou retendo o que é bom...” será?
Acredito que não. Não preciso mais examinar o pecado, já sei que ele não é bom,
então, o Espírito Santo que está em mim, logo se manifesta e me alerta que
aquele programa não é edificante para mim.
Perdemos
a identidade de adorador, somos adoradores na Igreja, ouvindo músicas,
cantando, tocando, dançando, ai sim até podemos ter uma postura de adorador,
mas logo que a atividade termine, também deixamos de ser adoradores e voltamos
a ser “gente”. O Senhor está procurando verdadeiros adoradores, não que o
adorem apenas nas igrejas, em momentos de louvor, ouvindo uma música, mas a
todo tempo e em espírito e verdade. (João 4). O adorador tem um filtro
poderoso, ele não quer jamais fazer nada que venha prejudicar sua comunhão e
intimidade com o pai, por isso não como “qualquer comida”, sabe muito bem que
precisa cuidar de sua saúde espiritual e “comer” o que for edificante, o jovem
Daniel já há muito tempo sabia disto (Daniel, 1,2) Se formos de fato adorador,
não vamos querer assistir muitas coisas que muitos assistem, não vamos estragar
a comunhão nem momentos de intimidade com nada. Um adorador, encontrado pelo
pai, vai ter os programas de TV bem distantes de seu relacionamento com o Pai.
Alguns
podem achar tudo isso uma espécie de radicalismo ou outros podem dizer: “ eu
sei muito bem o que devo ou não assistir e garanto que minha comunhão não está
sendo afetada..” Amém por isso, mas o fato é que as concessões são perigosas e
danosas, e assim como algumas enfermidades, as espirituais também são “silenciosas”,
não vemos no dia a dia, só quando atinge seu estado final é que percebemos, e
raramente pode-se detectar a causa do mal, pois foi escondido e camuflado com a
forma de televisão.
Se
este mal já é grande e vital para adultos, ainda mais para crianças que estão em
formação de caráter e com a mente aberta para receber tudo que lhe é transmitido.
Nem tudo ou quase nada dos programas de televisão são recomendáveis para as
crianças. A própria censura que televisiva informa se o programa é livre ou
existe uma faixa etária indicada para assistir, mas quase ninguém se dá conta
disto. Agora se o próprio “mundo” é capaz de discernir que existe conteúdo que
não é próprio para uma determinada idade, por que nós pais cristãos não temos
uma censura muito mais criteriosa do que eles? Eles baseiam-se só em uma
consciência coletiva de moralidade, mas nós temos padrões éticos, cristãos, com
base na Palavra de Deus e devemos (pelo menos deveríamos) ser muito mais
exigentes e rigorosos para impedir e vetar a exibição de tais programas.
Como
disse no começo, proibir e taxar como pecado não é o caminho. Educar é preciso.
Temos o Espírito Santo de Deus e se nos mantivermos sempre em sintonia com Ele,
vamos estar “ligados” e discernir o que
é bom ou ruim. Além do mais, falta e muito a educação cristã em nossos dias. Ensinar
a amar o Senhor, ensinar a temer o Senhor é preciso. Todo tipo de ensino ruim é
transmitido pela televisão e nós precisamos também ensinar o que é certo. Cada
vez menos, vemos pessoas que conhecem o Senhor, sua Palavra e vive um evangelho
genuíno, e claro que estou me referindo cristãos e convertidos e não de ímpios.
Fomos
engolidos pelo humanismo e mundanismo. Vivemos em uma sociedade onde é muito
difícil se desvencilhar de práticas mundanas, mas tão comuns. Misturamos-nos ao
mundo e nos encontramos no centro da oração de Jesus por nós: “...não peço que
os tire do mundo, mas livre-os do mal...” (João 17:15). Temos que viver neste
mundo, mas não podemos ser participantes do mal, não podemos servi-lo em nossas
salas e ainda com dedicação total, com a atenção de toda a família.
Diante
de tudo isso, sinto-me impotente e pequeno para fazer a diferença no meio de
tanto liberalismo. Em minha casa, trato com seriedade e responsabilidade este
assunto e a todo tempo ensinando para que meus filhos não cresçam com base em
um pensamento cartesiano de certo e errado, pode ou não pode, mas provocado por
uma lei, mas que tenham princípios suficientes para discernir e saber escolher
o que é bom para eles, baseados no amor ao Senhor e em agradá-Lo. Quando o “discernimento”
não está tão aguçado ou se distraem então tenho o dever de orientar e trazer a
memória os princípios cristãos que vivemos e queremos reproduzir, criando
sempre um ambiente favorável para comunhão, adoração e de aprendizado da
palavra de Deus.
Desta
forma, oro para que esta mesma consciência venha se expandir e o Espírito Santo
continue levantando uma geração santa, separada dos costumes do mundo, que amam
ao Senhor e se desviam do mal.
Televisão,
benção ou maldição? Responda você esta pergunta!
Deus
te abençoe,
Pr.
Eduardo Bergsten
Olá Eduardo Bergsten,
ResponderExcluirGraça & Paz,
Parabéns pela postagem de tema tão importante e pertinente para os nossos dias.
Fui abençoado,
Seu conservo em Cristo,
Pr. Carlos Roberto
Muito edificante!
ResponderExcluirMuito edificante!
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