Como pastor de crianças, confesso que estamos vivendo um tempo
muito delicado em nossas igrejas no que diz respeito ao trabalho com crianças,
por isso chamo atenção de todos os envolvidos com crianças, além de pastores em
modo geral para juntos refletirmos sobre o que é de fato essencial para nossas
crianças.
Nunca se viu “tantos ministérios” para se trabalhar com crianças
como estamos vendo em nossos dias. Como líder do Ministério Pastores da Alegria, posso até, com esta postagem, estar dando um tiro no próprio pé, mas
não vou me omitir de trazer para discussão um assunto tão relevante para nossos
dias.
Quem trabalha com crianças sabe que elas são “a menina dos olhos de
Deus”, ou seja, existe uma atenção toda especial em alcança-las. O próprio
Jesus advertiu os discípulos para não impedirem as crianças de chegarem a Ele
“...Mas Jesus lhes ordenou: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais,
pois o Reino dos céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas...” (Mateus
19:14). E assim como Jesus as ama e quer que elas andem com ele, nosso inimigo também tem total atenção em atraí-las, pois desta forma uma geração que não ame nem sirva a Jesus estaria no seu controle.
Mas o que realmente significa “Deixar vir a mim as crianças...?”
Jesus estava falando aqui com toda a certeza, inclusive e sobre
tudo, que crianças devam ter acesso a Ele e a tudo que Ele pode dar e fazer por
uma pessoa. Jesus quer que as crianças o conheça e tenham intimidade com Ele.
Jesus queria as crianças perto dele, em contato com ele, em intimidade com ele
em uma relação sadia como a de “pai e filhos”. Os nossos filhos se tornam
aquilo que nós formamos neles, e Jesus queria formar uma geração obediente ao
Pai.
Agora minha dúvida é: Será que os eventos que estamos promovendo
estão conduzindo às crianças a uma intimidade com Jesus, ou um tempo divertido
de entretenimento?
Não quero com isso dizer que crianças não necessitem brincar nem
menosprezando o ensino através do lúdico. Mas trazer uma consciência de que, se
nossos eventos não proporcionarem intimidade com Jesus às crianças, precisamos
revê-los urgentemente, pois mostrar Jesus e faze-las caminhar com Ele deve ser
nosso principal esforço, foco e motivo em trabalhar com elas. Se não levarmos nossas crianças a amarem o Senhor, andar com Ele em intimidade, podemos estar correndo o grande risco do "engano" e apesar de tantos esforços no trabalho com elas, nossas crianças se tornam "vulneráveis" a caminhar longe de uma vida comprometida com o Senhor. Já pensou? Seu ministério passar a contribuir para uma criança se manter longe da intimidade com o Senhor? Misericórdia!
Em vários convites que recebemos para ministrar com os palhaços Pastoreco e Pastolete, as pessoas alegam que estão nos convidando pois gostariam de
promover um tempo divertido e animado para as crianças de sua igreja. Parece
até óbvio que um casal de palhaços, vá levar “alegria e diversão” onde passa,
mas esta não é, com certeza, nossa motivação para pregar às crianças. Nós
trabalhamos para haver um quebrantamento no meio das crianças, sem apelos
emocionais, queremos ver crianças confessando Jesus como Salvador de suas vidas
e Senhor, como aquele que irá “governar” todos seus passos a partir daquele
encontro. Trabalhamos para ver crianças em intimidade com o Senhor, amando e adorando como Verdadeiros Adoradores!
Muitos “Tios e Tias”, Palhaços, Cantores e
Cantoras, muitos Ministério Infantis, estão trabalhando neste grande exército
onde o lema é: “Pregar a
Palavra de Deus aos pequeninos” Glória
a Deus!
Mas, será que de fato isso está acontecendo? Será que as crianças para qual “nos apresentamos” já não conhecem aquela "Palavra de Deus"? Será que é
disso que as crianças necessitam? Será que nosso sustento ministerial não é em muitos casos nossa maior motivação? Será que não queremos apenas ver as crianças cantando "nossas musiquinhas"?
Eu confesso que ficaria muito feliz se não
recebesse mais convite das igrejas pois o “nível espiritual” das crianças
pedissem mais de Deus e menos de entretenimento, que a música que saísse dos
lábios delas fosse em adoração um: “eu te amo Pai” ao invés de um “Poróró”.
Estamos “brincando” com nossas crianças e esquecemos que o Pai as leva a sério.
Estamos entretendo nossas crianças e esquecendo que nas escolas, nas ruas, no
dia a dia o nosso inimigo está esperando para “traga-las” oferecendo a elas um
banquete de lixo, e ao menos que a comida que estejamos dando a elas seja de fato forte
e poderosa, nossas crianças em pouco tempo estarão comendo nas mãos do inimigo.
Menos congressos, menos eventos, menos “recursos audiovisuais”,
menos historinhas e blá-blá-blá e mais oração e jejum, mais crianças verdadeiras adoradoras, menos entretenimento, mas intimidade, menos
“ministérios”, mais pessoas que se importam de verdade com estas crianças, de
tal forma que gastem suas vidas para conduzi-las ao Pai, empreendam todos seus
esforços para promover mais intimidade com Cristo, onde uma vida de santidade
não é uma utopia ou um objetivo distante, mas uma prática e realidade a ser
vivida.
Tias, tios, líderes e todos que trabalham com o “ministério
infantil” que você seja um instrumento de Deus para promover mais intimidade e
comunhão de Deus na vida das crianças, que você seja um instrumento
“consagrado” para abrir os caminhos e não impedir que crianças conheçam de fato Jesus, não conhecerem de "ouvir falar" mas de andarem com Ele. Que seu coração seja de um verdadeiro pastor de crianças, que conhece as
necessidades espirituais dos pequeninos e vai alimenta-las, formando a geração mais santa, mais
intima, mais poderosa no uso da Palavra que já se viu e ouviu, que vai preparar
os Profetas da Última geração, a geração que vai entrar na “Terra Prometida” na
Jerusalém de Deus.
"Uma
geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os
teus atos poderosos. Proclamarão o glorioso esplendor da tua majestade, e
meditarei nas maravilhas que fazes." (Salmos 145:4,5 )
Pr. Eduardo Bergsten
Paz! Achei perfeito,tbm penso desta forma. Hoje em dia estamos atraindo as crianças da forma errada. Estamos firmando-os na areia e não na rocha! Muito bom! Gloria a Deus pir sua vida
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